Ao iniciar um estudo, muitos entram de cabeça nos primeiros livros que encontram sobre o assunto estudado e pulam de um para outro freneticamente. Acredito que este modo de estudar pode não só desperdiçar o tempo e os neurônios do estudante, mas também estruturar de forma equivocada os novos conhecimentos adquiridos, o que vai gerar um problema de longo prazo.
A melhor forma de entrar em um assunto é conhecendo o que de mais importante já se produziu sobre ele, o chamado Status Quaestionis. Uma ampla bibliografia sobre o assunto deve ser feita meticulosamente. Não tenha pressa de mergulhar em um tratado de 1500 páginas. Antes, descubra o que deve saber e onde se encontra determinado conhecimento, depois elabore uma lista do que deve ser buscado, o que deve ser lido conforme seu objetivo e, principalmente, de acordo com a sua ignorância do assunto. Quem faz uma metódica bibliografia foca os estudos no essencial, economiza tempo e ao final desta etapa certamente estará sabendo mais do que aquele que leu um ou alguns livros de forma automática.
As pessoas que viveram antes da presença ostensiva da Internet em nossas vidas devem valorizar a facilidade que a rede de computadores trouxe para os estudantes. Antes da Internet o estudo autodidata era infinitamente mais difícil. Mesmo com o rumo ditatorial que está tomando, suas ferramentas são de grande ajuda para quem pretende estudar qualquer coisa – ao menos por enquanto. Não é preciso ser um Steve Jobs para aproveitar algumas ferramentas disponíveis gratuitamente na Internet. Utilizando o próprio Google é possível localizar livros, e-books, documentários, palestras e aulas, e a busca avançada pode ajudar com referências, ISBN, textos relacionados e muitas outras coisas para montar uma rica bibliografia e começar o estudo com o pé direito. Mãos à obra, a bibliografia é o próprio plano de estudo.
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