Diz o provérbio que toda sabedoria humana tem limites; a burrice,
por sua vez, é infinita. Este adágio tornou-se fato incontestável no Brasil e
pode ser verificado nas mais variadas circunstâncias, principalmente no debate
público, mas também nas conversas de esquina.
Diferente da ignorância, a burrice se alastra
independentemente das informações em circulação. O burro não é aquele que
ignora, mas sim aquele que continua pensando da mesma forma diante de uma
realidade diferente daquela que imaginava. Como exemplo, podemos diferenciar os
dois tipos da seguinte forma: o ignorante é aquele que vota no político
corrupto; burro é o que continua votando mesmo depois de conhecer a safadeza,
apenas para continuar adaptado à sua ideologia.
Domesticado há milênios, o burro costuma ser um animal solitário.
Na sociedade humana os burros pensam e agem coletivamente, como uma manada (ou burricada, mais precisamente). Com todo o respeito ao Equus africanus asinus,
o que vimos nas eleições municipais foi um enorme bando de burros fazendo um esforço
incrível para escolher o pior entre os piores, fingindo que não sabiam o que estavam fazendo.
Podemos dizer com certeza que nem mesmo as pessoas mais inteligentes estão imunes às investidas da estupidez. Esta permanece latente no
fundo escuro de toda mente humana e se manifesta toda vez que alguém insiste em
negar a realidade.
A influência das ideologias revolucionárias corroeu a percepção
natural da maioria das pessoas, que tendem a rejeitar a realidade quando esta
não combina com sua ideologia. Vem à
tona, então, a burrice e todos os artifícios necessários à sua camuflagem - uma
mentira nunca anda sozinha...
Aliando esta bola de neve aos efeitos da revolução cultural,
que durante décadas corroeu todo o conjunto de valores que estruturavam e protegiam a nossa
sociedade, teremos uma avalanche de mentiras infiltradas no senso comum que
orienta as decisões de um governo cada vez mais totalitário. Vejo o futuro próximo
como um imenso e nebuloso terreno onde muitos devem continuar pastando mesmo
durante o Apocalipse.
Isso mesmo Alê
ResponderExcluirHá um processo de poda intelectual travestido de revolução cultural ou pode ser o politicamente correto e quem sabe sabe uma consequencia lógica da Democracia.
Demo, demo...
Demoníaca? Quem sabe?
"A Democracia é a mãe de toda estupidez", é lactante de toda a "burrice" implantada, houve uma gestação fantasiosa de liberdade como também houve o nascimento da criança e agora que está na fase da juventude, podemos observar o quão rebelde se tornou este adolescente.
Caligaris afirma que a adolescência é invenção do contemporâneo e não está errado, o nome da doença causou a doença, tipo efeito e causa e vice versa.
O Estado Democrático de Direito faz guarida ao politicamente correto e a revolução cultural, enruste os fracos como diz aquele autor louco que você não gosta, chamando-os de "menos favorecidos" ou minoria, tornando-os vítimas e algozes no seio da sociedade, ou seja, mamam nas tetas da democracia.
Os nomes são lindos, quando comecei a pronunciá-los me senti com alma intelectual, quando descobri seu significado me senti honrado, agora, quando observei suas consequências me senti e me tornei um asno, um burro.
Errar só é humano, porque somente nós, seres, o somos capaz com tanta incapacidade para errar, mas repetir um erro, isso é democracia.
Burro de quem não sabe.
Concordo plenamente, Alê.
ResponderExcluirMais um bom post.
bjks
Elis
Ale, boa noite, visitar o teu blog é beber na fonte da sabedoria, obrigado por nos ensinar tanto. Abraços,
ResponderExcluirVicente Reinaldo.
SINAGOGAS, IGREJAS E MESQUITAS
ResponderExcluirAutor: Vicente Reinaldo
Deus foi sempre, inda é, sempre será
Gênio uno da força e do poder
E na escala suprema do saber
Outro ser que o supere inda não há
Não é êmulo de Buda nem de Alá,
Zoroastro, Moloque, Baco e Zeus,
Uma incógnita nas almas dos ateus
E um deslinde nas almas dos ermitas:
Sinagogas, Igrejas e Mesquitas
São moradas sagradas de um só Deus.
Deus com homem carnal não dialoga,
Mas pra alma diz tudo o que deseja
Tanto faz na caaba ou na igreja
Na mesquita ou então na sinagoga,
Não exibem anéis nem usam toga
Os que tiram dr. em seus liceus
Os preceitos livrescos não são seus,
Que as lições divinais não são escritas:
Sinagogas, Igrejas e Mesquitas,
São moradas sagradas de um só Deus.
É besteira fazer inquisição
E buscar Deus, nosso Pai, por via bélica,
O prender em redoma evangélica
Ou vinculá-lo à lei de Talião,
Restringi-lo às páginas do alcorão
Ou à bíblia sagrada dos hebreus,
Aos parágrafos talmúdicos do judeus
E/ou da suna sagrada dos sunitas:
Sinagogas, Igrejas e Mesquitas,
São moradas sagradas de um só Deus.
Deus está nos intrépidos vendavais,
No soar melancólico do prelúdio,
Nos momentos nostálgicos do poslúdio
E nos estrilos dos grandes recitais,
Nas mais tétricas cavernas abissais
E nos socalcos dos altos Pirineus,
Nas fibrilas dos tenros androceus
E na dureza das rochas sinaítas:
Sinagogas, Igrejas e Mesquitas,
São moradas sagradas de um só Deus.
Obrigado pelos comentários Vicente. Elis, o mesmo para você, só que com o adicional de espera. Abraços!
ResponderExcluirNão esqueci, não...
ResponderExcluirAo Omputsman eu agradeci pessoalmente...