Mesmo sem tocar nada, sempre vivi muito próximo ao universo
da música, inclusive profissionalmente. O despertar desse interesse, no entanto, eu
devo a estes com quem conversei semana passada. Foi na casa do meu primo Antonio que descobri
o gosto pela música, pela sua compreensão. Acho que ainda não tinha 10 anos e já
ficava ali, xeretando as conversas dos primos mais velhos, que sempre giravam
em torno de apenas dois assuntos: mulher e música.
Naquelas tardes de domingo cada disco tinha uma história,
cada banda uma curiosidade, cada música era minuciosamente analisada e até as
capas entravam na discussão. Hoje não encontro mais esta paixão e as pessoas parecem
simplesmente aceitar as escolhas da indústria do entretenimento. Acredito ser este
desinteresse uma das causas para a inegável decadência da qualidade musical em
nossos dias.
.
Nostalgia:
Poucas músicas lembram tanto aquela época:
Poucas músicas lembram tanto aquela época:
Também percebo este desinteresse nos jovens para os quais leciono. os gostos seguem a moda e a mtv.
ResponderExcluirleonardo
Muito bem dito!!!
ResponderExcluirTAMBÉM SINTO FALTA DAS RODINHA DDE PAPO FURADO SOBRE MÚSICA, ALE. É UMA GRANDE VERDADE.
ResponderExcluirOlá Ale,boa noite!
ResponderExcluirSuas palavras estão de acordo com o que tenho visto e ouvido aqui em SP.
Aqui no bairro em que moro todo fim de semana um bando de maria vai com as outras lota o carro de homem e fica desfilando na rua ao som de ruídos(por que pra mim funk não é musica)como se todos estivessem afim de escutar tanta baixaria.
Ninguém tem identidade própria, vejo está minha geração vazia. Não consigo citar um cantor,grupo ou banda como referencia destes tempos. Já se tratando dos tempos passados o que não falta é boa referência. Fazer o que não é?
Passar bem caro Amigo!
Você deveria voltar a escrever sobre música! Saudade dos seus textos.
ResponderExcluirSabe Alê, a banalização é real. Ouvir rádio hoje em dia é ter que aceitar estas músicas, que em sua grande maioria não tem nada a dizer, absolutamente vazias. Todos tocam a mesma coisa.
ResponderExcluirLembrei Zé Ramalho em sua "Admirável Gado Novo".
Eu mesmo quase não ouço rádio. Sempre carrego minha seleção particular no celular.
Lembro bem das nossas rodinhas, mas lembro que elas hoje são já pré-históricas pois eram de uma época pré-internet, quando as novidades sobre nossos velhos ídolos ou até mesmo os futuros, só íamos saber através do primo ou amigo que tinha comprado um LP novo e diferente.
Isso de fato era fundamental, já que a informação era muito mais difícil de se obter.
Puxa, saudades daquela época.