Uma nota sobre o Egito

Praça Tahrir, no Cairo - Egito

Passados pouco mais de um ano desde a eclosão das revoluções no mundo islâmico, fica claro que todos os “especialistas” brasileiros que opinaram sobre o assunto erraram miseravelmente.

Nossa imprensa amadora – na melhor das hipóteses - não foi capaz de perceber que as revoltas não surgiram espontaneamente no Facebook, como dezenas de jornalistas disseram e idiotas repetiram feito papagaio, mas foram financiadas e orquestradas com maestria por grupos poderosíssimos do Ocidente e do Oriente, que incentivaram o racha secular que existe dentro do Islâ, além de turbinar o ódio ao Ocidente. 

Evidentemente, o desejo de liberdade é inerente à vida humana, e ser livre é um direito natural de todo e qualquer ser humano. Não acredito, no entanto, que tenha surgido, feito mágica, toda essa onda de protestos que começou na Tunísia, passou pela Líbia e Oriente Médio e avançou até mesmo para a Europa. Haja espontaneidade e coincidência temporal! E também não acredito que esta revolução vá trazer qualquer benefício para o povo Egípcio. Muito pelo contrário...

Pense nisso: os objetivos, evidentes desde o primeiro grito na Praça Tahrir, estão se concretizando um a um:
  •          Poder nas mãos da Irmandade Muçulmana
  •          Negociações de paz entre Israel e Egito começam a ruir
  •          Diminuição das transações comerciais com Europa e EUA
  •          Mudanças na Constituição Egípcia
  •          Afastamento do Ocidente
  •          Retorno das relações com o Irã
  •          Investimento militar dispara
  •          Implantação da sharia
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2 comentários:

Fada do bosque disse...

Não... nem para os egípcios, nem para os europeus nem sequer americanos. Desde que Rtohschild resolveu medir a vida humana em dólares, que o povo não é para ser beneficiado, muito pelo contrário. Esta crise (económiva e política) foi despoletada com a intenção de inverter o que a ciência e medicina têm feito de bem pelo ser humano! Esta crise foi despoletada no mundo, para reduzir a população para que os recursos naturais não se esgotem, para esses que pilharam o dinheiro e também a vida digna dos povos! A isso se chama ganância e já Dante colocava os agiotas, no sétimo círculo do inferno, n´A Divina Comédia. São esses que nos acorrentam.

Antonio Rodrigues disse...

Muito lúcida sua observação. Obrigado por compartilhar esta apurada visão dos acontecimentos.
Antonio Rodrigues / de Lisboa