O Clube de Bilderberg - Parte 1

Hotel Bilderberg, em Oosterbeek - Holanda


No início da década de 1950 um político polonês chamado Józef Retinger convenceu o Príncipe Bernardo de Lippe-Biesterfeld a criar um grupo de discussão estratégica com o objetivo de unificar projetos e amenizar tensões dentro da “comunidade do Atlântico”. Retinger era um aristocrata com passagem pela inteligência britânica e foi um dos fundadores do Movimento Europeu, gênese da União Européia.  Devido à credibilidade e enorme rede de contatos dos dois, poucos anos depois, em maio de 1954, o então Príncipe Consorte dos Países Baixos presidiu o primeiro encontro, que aconteceu em Oosterbeek, na Holanda, no Hotel Bilderberg, que deu nome ao clube. Nesta primeira conferência estiveram presentes 50 pessoas de 11 países da Europa Ocidental e 11 norte-americanos, entre eles David Rockefeller, que foi incumbido de preparar um documento de base sobre as perspectivas para a economia mundial do ponto de vista dos EUA. Hugh Gaitskell, líder do Partido Trabalhista inglês, ficou responsável pela visão europeia.

Jim Tucker (1934 - 2013)


Desde então as reuniões tornaram-se anuais, com exceção do período de 1954-1959, quando ocorreram oito eventos (dois em 1955 e dois em 1957). Durante muito tempo as reuniões permaneceram na sombra, e era negada inclusive a sua existência. Em meados da década de 1970 um jornalista de Washington começou a investigar aqueles encontros que reuniam a elite política, das finanças e da mídia. Como era de se esperar, Jim Tucker, autor de Bilderberg Diary, foi chamado de teórico da conspiração e lunático, mas devido à sua insistência no final do século XX outros jornalistas e pesquisadores começaram a perceber que algo de muito estranho deveria estar acontecendo para que uma reunião com tantas celebridades fosse desprezada por praticamente todos os veículos de comunicação. Um desses novos curiosos foi Daniel Estulin, um russo cuja família foi exilada da antiga União Soviética, que passou a rastrear os passos dos Bilderberg junto com Tucker e outros menos famosos. Pouco tempo depois o livro “A verdadeira história do Clube Bilderberg” de Estulin, jogaria luz sobre o assunto e mudaria até mesmo a postura do grupo, que diante da polêmica gerada passou de secreto para discreto.

Continua...

Um comentário:

Anônimo disse...

Poxa / muito bom, vou aguardar outras partes. o hangout que fizeram foi enriquecedor/ no próximo mande abraço para mim / angela martins